Facilitar os processos relacionados ao desenvolvimento de softwares é uma necessidade constante em TI. Afinal, é preciso eliminar ao máximo as chances de perrengues para que seja possível efetuar entregas ágeis de qualidade. Nesse sentido, o Copilot promete acelerar a programação por meio da inteligência artificial.
A ferramenta foi lançada recentemente pela GitHub e se caracteriza como um programador que sugere linhas de programação. Ou seja, é uma mão na roda para o time de desenvolvedores.
Bora tirar todas as suas dúvidas sobre esse recurso? Confira o post até o final!
O que é o Copilot da GitHub?
O Copilot foi lançado pela GitHub no final de junho de 2021. Ele chegou ao mercado como uma ferramenta capaz de sugerir linhas de código e, em alguns casos, pode evidenciar funções inteiras para os projetos em desenvolvimento armazenados na plataforma.
Esse projeto foi concebido em parceria com a OpenAI, organização fundada pelo CEO da Tesla Motors e Spacex, Elon Musk, e que atua sem fins lucrativos com foco em pesquisas que envolvem inteligência artificial. O objetivo da iniciativa é auxiliar usuários e desenvolvedores na criação de códigos de maneira prática e com menor possibilidade de erros.
Além disso, o Copilot dá suporte para diversos tipos de linguagens e estruturas conhecidas no universo da programação. Contudo, a versão de visualização técnica disponível até o momento funciona sem problemas para TypeScript, JavaScript, Python, Go e Ruby, a fim de atender às necessidades de todos os programadores.
Como a ferramenta funciona?
Para chegar ao formato atual, o Copilot foi testado em bilhões de linhas de códigos open source, ou seja, públicos. Essa questão gerou polêmica em relação aos direitos autorais dos desenvolvedores, visto que a ferramenta sugere linhas ou funções inteiras de códigos já existentes.
Qualquer projeto que envolva inteligência artificial precisa de um grande volume de dados para ser treinado. Por isso, a GitHub fez uso de códigos abertos e disponíveis e que estão sob licenças pertencentes à General Public License (GPL), que determina que trabalhos derivados sejam protegidos pela mesma licença.
Julia Reda, política alemã e ex-membro do Parlamento Europeu, disse em seu blog que a ideia conflita com a finalidade do copyleft, que amplia a liberdade de uso de uma obra. Porém, ela aponta que o banimento da iniciativa pode servir de gatilho para leis de direitos autorais demasiadamente rígidas.
Já o CEO da GitHub, Nat Friedman, publicou em seu perfil do Twitter que o treinamento de sistemas de aprendizado de máquina não se submete às leis de direitos autorais, então não as infringe.
Quais são as suas funcionalidades?
De modo geral, o GitHub Copilot se volta mais para o contexto da programação se comparado a outros assistentes. Portanto, para os processos de desenvolvimento, como nome de função ou docstring, a ferramenta se baseia no contexto em que o usuário está trabalhando e, partir daí, age na sintetização do código para atender à sua necessidade.
Veja quais são as principais funcionalidades do Copilot:
- conversão de comentários em códigos: basta inserir um comentário detalhando a lógica a ser seguida para que a plataforma aponte o código ideal para o projeto;
- preenchimento automático em caso de códigos repetitivos: reproduz padrões de códigos repetitivos. Para isso, é só alimentar a ferramenta com os exemplos mais comuns. Assim, ela passa a gerá-los automaticamente;
- testes facilitados: ao importar um pacote de teste para o ambiente, o recurso sugere os testes mais adequados para o código de implementação do desenvolvedor;
- lista de soluções: é possível avaliar várias abordagens com base na lista de soluções da ferramenta. O usuário pode editar o código oferecido e checar as necessidades do projeto.
Como usar o Copilot?
Para começar a usar o Copilot, você precisa da autorização da equipe de desenvolvimento da empresa. Como a ferramenta ainda está em closed beta, é necessário entrar no site do serviço com a sua conta cadastrada na GitHub e registrar o desejo de utilizá-lo.
Feito isso, você entra para a lista de espera. Uma vez que tiver a aprovação, o próximo passo é instalar a última versão do Visual Studio Code, pois a ferramenta roda apenas nesse editor. Em seguida, baixe o Marketplace de extensões disponibilizado pelo Copilot.
Para isso, entre na plataforma e vá até a barra de tarefas, no canto esquerdo, e clique no ícone do Marketplace. Depois, digite “Copilot” no campo de busca e clique no botão “Instalar”. Por fim, é hora de autenticar a extensão com a sua conta da GitHub.
O processo de autenticação acontece em uma página web. Aceite todas as solicitações de permissões para ir direto para a plataforma, onde você deve habilitar o recurso globalmente clicando na barra de tarefas. Prontinho, é só sair programando!
O recurso vai substituir os desenvolvedores?
Se você chegou aqui roendo as unhas por imaginar que o Copilot vai substituir o seu trabalho, pode relaxar! Isso porque os criadores da plataforma afirmam que essa não é a sua proposta. Ela veio para agregar praticidade ao aprendizado do código e, consequentemente, aumentar a produtividade dos profissionais da área.
Conforme o desenvolvedor vai digitando as linhas do código, a ferramenta sugere as melhores opções de código para o contexto, sendo possível aceitá-lo ou rejeitá-lo — ações que colaboram para o aprendizado de máquina.
Para entender o que o usuário está codificando, o serviço inicia uma análise do comentário, nome da função ou ainda das últimas linhas descritas. Quando a pessoa está trabalhando com uma nova linguagem ou fez uso de ferramentas que não tinham código anteriormente, o recurso é um grande aliado, além de dispensar a realização de consultas Stack Overflow.
Vale ressaltar que o Copilot da GitHub é uma solução bastante recente, então deve continuar evoluindo e aprimorando as suas funcionalidades ao longo do tempo. Apesar das polêmicas sobre o seu modo de funcionamento, é certamente uma opção inovadora e válida para dar aquela forcinha na programação e garantir a eficiência das suas entregas.
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