Os dados se tornam ativos imprescindíveis para as organizações, já que possibilitam uma atuação mais estratégica no mercado. Nesse cenário, também ganha importância a governança de dados, prática que promove o gerenciamento adequado e seguro das informações que circulam pelas empresas.
A partir da governança de dados você garante que os seus ativos sejam mantidos em sigilo e estejam sempre disponíveis. Para implementar essa iniciativa na sua companhia é fundamental atentar para alguns cuidados específicos, o que evita o cometimento de erros que possam deixar o seu negócio em maus lençóis.
Quer saber mais sobre esse assunto tão importante? Neste post, vamos apresentar as melhores dicas para adotar a governança de dados e se livrar de qualquer risco de vazamento de informações no futuro. Confira!
O que é governança de dados?
A governança de dados é definida como um sistema de direitos de decisão e responsabilidades que envolvem todos os processos relacionados às informações produzidas por uma empresa. Para isso, conta com práticas, políticas e funções sobre a aquisição, gerenciamento e utilização eficiente dos dados.
O objetivo dessa iniciativa é assegurar que a exploração de dados gere o máximo de valor para a companhia. Além disso, ela cumpre o papel de atestar a qualidade e segurança das informações da empresa, definindo quem pode acessá-las e em quais momentos.
Para tanto, essa estratégia se baseia em cinco princípios que servem de regra para uma gestão de dados eficaz. Veja quais são eles:
- prestação de contas — determina que haja proprietários de dados e administradores responsáveis pelo gerenciamento, monitoramento e relato dos níveis de qualidade das informações geradas;
- transparência — prevê a construção de uma estrutura para que as informações sejam compartilhadas de forma clara entre os colaboradores para que se mantenham a par de qualquer alteração;
- conformidade com a legislação — estabelece que a empresa deve cumprir as normas regulatórias para o uso de dados, em especial a Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD);
- administração de dados — define um colaborador específico ou uma equipe para assegurar a qualidade dos dados, mantendo-os precisos, consistentes, completos, atualizados e sempre acessíveis para as partes interessadas;
- padrões de qualidade — aponta que, para que sejam consideradas de qualidade, as informações devem ser precisas, consistentes e íntegras.
Qual é a importância desse processo?
Com a implementação da governança de dados, a empresa passa a fazer o uso racional de suas informações, o que é decisivo para um planejamento e tomada de decisão eficientes, capazes de alavancar a sua produtividade operacional e resultados. Entenda quais são os benefícios dessa prática.
Ganho de confiança
Uma governança de dados bem aplicada contribui para que os dados das empresas sejam consistentes e confiáveis, o que é essencial para uma análise de dados e tomada de decisões mais embasada. Na prática, essa maior confiabilidade também otimiza as operações, permite o desenvolvimento de melhorias e novos serviços.
Facilidade no gerenciamento de riscos
As políticas adotadas pela governança de dados garantem o uso adequado e seguro dos dados. Isso impede o cometimento de erros em seus sistemas e permite o bloqueio do uso indevido de informações pessoais de seus clientes ou sigilosas sobre os seus negócios.
Melhora no controle de custos
Apesar de exigir custos iniciais para a sua implementação, essa estratégia impacta no controle e redução dos custos da empresa. Esse benefício se dá por meio da redução de erros e retrabalhos, o que costuma gerar mais gastos para os negócios. Os valores economizados podem ser aplicados em outras áreas da companhia.
Como implementar a governança de dados no seu negócio?
A criação de mecanismos e papéis que não estejam bem definidos pode trazer uma série de problemas e insegurança para a empresa, em vez de blindá-la contra erros e ataques cibernéticos que possam expor as suas informações. Saiba como implementar a governança de dados no seu negócio.
1. Identifique os dados
Antes de qualquer coisa, é preciso avaliar o seu fluxo de informação. Dessa forma, você pode identificar quais são os dados gerados que circulam pela sua empresa, podendo categorizá-los de acordo com o seu nível de importância e sigilo, por exemplo.
Para que isso seja possível, comece criando uma metodologia que permite a avaliação das operações necessárias para a entrada de dados e quais são as suas variáveis. Somente assim você poderá estabelecer regras que contemplem as suas necessidades de proteção.
2. Defina as regras e regulamentos
Depois de entender melhor quais são os dados do seu negócio, é hora de criar regras e regulamentos para protegê-los. Defina papéis formais para os colaboradores responsáveis por administrar e monitorar os dados, determinando quais são as responsabilidades de cada um e as regras a serem seguidas para a manipulação de informações.
Dialogue com os usuários corporativos para saber quais problemas existem relacionados aos dados, quais deles são usados com maior frequência, bem como quais seriam os impactos se os problemas de qualidade se intensificassem ou continuassem.
Depois disso, a organização pode estipular as diretrizes para a coleta, armazenamento e gerenciamento de dados, como o controle de acesso de informações sigilosas, em quais plataformas podem ser acessados e para quais finalidades.
3. Alinhe a governança de dados com os resultados
As estratégias e prioridades da empresa devem estar alinhadas com os processos da governança de dados. Para que isso ocorra na prática, você deve determinar métricas nos negócios que possam ser adotadas e executadas por todos profissionais que trabalham com os dados da organização.
4. Considere a cultura
A construção das políticas de governança de dados também deve estar de acordo com a cultura valorizada pela companhia. Essa iniciativa ajuda a conscientizar as partes interessadas sobre as medidas adotadas e a importância de cumpri-las.
Ao envolver os usuários internos e torná-los responsáveis pelas ações que fazem parte da governança de dados, você aumenta a confiança deles na qualidade das informações. Assim, a empresa também aumenta a produtividade de dados e passa a aproveitá-los melhor em suas operações.
5. Pense na transparência e ética
É preciso ter em mente que o gerenciamento de dados está diretamente conectado com a transparência e ética. Isso significa conhecer e colocar em prática todas as regulamentações que regem o uso de dados em empresas, como a LGPD, que visa à privacidade dos dados pessoais.
Priorize a transparência em todas as atividades que envolvem a governança de dados, mantendo a sua equipe sempre informada sobre os processos a serem seguidos, além de solicitar o consentimento dos titulares dos dados para utilizá-los.
6. Treine os colabores
De nada adianta instituir uma governança de dados impecável se os colaboradores não estão preparados para executá-la. Levando isso em consideração, é indispensável treinar todos os membros da sua equipe que lidam com dados em suas atividades para cumprir a política de gerenciamento de dados à risca.
Nesse sentido, também é indicado medir os treinamentos a partir de métricas, o que possibilita aos gestores verificar se os colaboradores realmente absorveram as práticas adotadas e a importância de respeitá-las.
7. Desenvolva um ambiente colaborativo
Por fim, é recomendado pensar em uma governança de dados colaborativa, o que quer dizer que a empresa deve ajudar os colaboradores a compreenderem a importância do papel que desempenham na proteção de dados. Aqui, mais uma vez, vale ressaltar a relevância de manter a transparência dos seus processos para que a sua equipe participe deles ativamente.
A tecnologia é uma grande aliada para a implementação da governança de dados, pois otimiza e agrega eficiência à sua estrutura. Entre as ferramentas de destaque estão os softwares de gestão em nuvem, como o ERP, que centraliza as informações da empresa e aumenta o controle sobre elas.
Para apoiar o encarregado de cuidados dos dados pessoais, a Engineering também oferece o Privacy Manager, um sistema que dá suporte para as suas funções, além de garantir uma governança de dados contínua e totalmente adequada às normas da LGPD.
A implementação da governança de dados não é um processo com começo, meio e fim, pois segue acontecendo conforme a organização e o seu cenário de mercado vão evoluindo. Portanto, construa um processo dinâmico e que seja frequentemente atualizado para se mantenha seguro.
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