A transformação digital é um tema que faz parte do cotidiano das empresas e não é de hoje.
Nos últimos anos, corporações dos mais variados segmentos têm realizado investimentos em tecnologia para trazer mais competitividade às suas atuações e impulsionar seus negócios.
Recentemente, temos observado um aumento significativo em áreas como Internet das Coisas (IoT), Inteligência Artificial (IA) e Blockchain. Essas tecnologias estão ampliando as oportunidades de inovação e eficiência para as empresas. Em meio a esses avanços, o uso de APIs também se destaca como um componente essencial.
Neste contexto, o uso de APIs ganha destaque na aceleração da transformação digital, possibilitando a integração e comunicação de diferentes sistemas, facilitando o compartilhamento de dados e permitindo o monitoramento de desempenho em tempo real.
Porém, para que a utilização das APIs seja realmente segura e eficaz, é fundamental definir e implementar uma estratégia de governança alinhada às necessidades e desafios da sua empresa.
Neste artigo exploraremos o papel da governança de APIs e sua influência na aceleração da transformação digital. Além, é claro, de mostrar a importância da governança, bem como as melhores práticas e as ferramentas certas, como o DHuO API, para facilitar a jornada. Aproveite a leitura!
A importância da governança de APIs
Como já mencionado, a governança de APIs é composta por um conjunto de processos que têm como objetivo garantir qualidade, segurança e eficiência no uso das APIs.
Ela é fundamental para a transformação digital, uma vez que possibilita a criação de uma cultura organizacional de colaboração entre equipes de tecnologia, negócios e segurança da informação, além da transparência e padronização no uso.
A governança de APIs também visa a estabelecer normas e políticas para garantir a conformidade legal com o governo e setores do mercado com especificidades em suas legislações, reduzindo os riscos e protegendo a empresa de possíveis sanções.
Além disso, com a proteção de dados, como o cumprimento de normas como a GDPR e a LGPD, a governança de APIs se torna ainda mais necessária para garantir que as empresas estejam em conformidade e que os dados dos clientes estejam seguros.
Uma gestão eficiente possibilita o monitoramento e acompanhamento constante das aplicações, identificando problemas e solucionando-os de forma ágil, além da redução de custos e otimização dos recursos, uma vez que a padronização das APIs possibilita a gestão mais eficiente dos sistemas, evitando a duplicidade no esforço e possíveis retrabalhos.
De acordo com o Relatório de Desempenho de Conectividade de 2024, embora quase todas as empresas (99%) usem APIs, poucas conseguiram transformá-las em uma ferramenta estratégica. Apesar de serem uma fonte de produtividade e receita, cerca de um quarto das APIs carece de governança por causa da complexidade na gestão e proteção de dados.
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Benefícios da governança de APIs para sua arquitetura
Entregar um ecossistema digital completo depende de muitos processos, responsabilidades, ferramentas, KPIs e políticas. Assim, garantir o alinhamento entre os parceiros e recursos de APIs, bem como estabelecer diretrizes e padrões para o desenvolvimento e governança de APIs são os principais.
Com isso, a governança não pode ser negligenciada pelos departamentos, uma vez que sua aplicação impacta, positivamente, na API Architecture da empresa e na entrega do produto em pontos como:
• Organização: manter padrões de design e exposição de APIs garante rápida documentação, fácil manutenção e observabilidade padronizada;
• Segurança: equipes conseguem identificar ameaças às quais as APIs são sensíveis e atuar imediatamente para manter as aplicações seguras;
• Consistência: boas práticas permitem o alinhamento dos times e a execução contínua no desenvolvimento de projetos;
• Geração de economia: é possível reduzir a incidência de erros e retrabalhos e permitir que os componentes sejam reutilizados;
• Confiabilidade: ao definir padrões de interfaces de APIs, os times conseguem garantir o funcionamento de todas as aplicações.
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Os 4 P’s da governança de APIs
Para aprofundar ainda mais o entendimento sobre a governança de APIs, é útil considerar os 4 P’s: programa, produtos, portfólio e plataforma.
Eles fornecem uma estrutura para a gestão eficaz das APIs.
Programa
A primeira etapa na governança de APIs é a criação de um programa estruturado, que serve como base para todos os esforços seguintes.
Aqui é importante avaliar o progresso do programa em relação aos objetivos definidos, corrigindo possíveis desvios e identificando lacunas.
O foco é desenvolver uma estratégia que esteja em sintonia com as metas estabelecidas, com a execução bem feita de um planejamento.
Produtos
Cada API dentro da empresa deve ser tratada como um produto independente, com sua própria estratégia e modelo de negócio.
A governança neste nível exige que cada produto de API seja autossuficiente e gerido por uma equipe dedicada, geralmente liderada por um gerente de produto.
Este time é responsável por supervisionar o ciclo de vida completo das APIs, garantindo que elas atendam às metas e realizando avaliações de desempenho com base no modelo estabelecido.
Portfólio
A gestão do portfólio de APIs é um aspecto da governança, envolvendo a administração de todas as APIs da empresa como um conjunto integrado.
Este processo ajuda a consolidar APIs semelhantes, eliminar as que estão obsoletas, padronizar o design e implementar políticas uniformes. Além disso, a governança do portfólio incorpora perspectivas externas para assegurar que a empresa esteja alinhada com as melhores práticas do mercado.
À medida que o uso de APIs cresce, a governança do portfólio se torna essencial para evitar redundâncias, inconsistências e vulnerabilidades de segurança.
Plataforma
Finalmente, a governança da plataforma de APIs aborda a gestão das interações em tempo real das APIs na infraestrutura da empresa. Esta parte da governança garante a eficiência e escalabilidade do ambiente digital.
A governança da plataforma opera em duas frentes: monitorar o impacto das políticas de governança e aplicá-las em tempo real e utilizar automação e soluções adequadas, para promover estabilidade, segurança e resiliência no ambiente operacional.
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Boas práticas para uma governança eficiente
A governança digital se torna parte fundamental para que empresas garantam a consistência de suas aplicações, além de fazê-las seguras e fáceis de usar. Pensando nisso, trouxemos aqui algumas das melhores práticas para a implementação eficiente de uma estratégia de governança. Veja:
1 – Definição estratégica: antes de iniciar qualquer ação de implementação de governança, é importantíssimo definir uma estratégia clara para orientar todos os envolvidos no processo. Isso pode incluir a identificação dos objetivos com a utilização de APIs, métricas de sucesso que façam sentido com a atuação da empresa, o cuidado e a atenção para que os requisitos regulatórios sejam cumpridos.
Também é importante considerar as tendências de tecnologia e como a estratégia de API pode ser adaptada para acomodar novas ferramentas e demandas do mercado.
2 – Ter um time especialista e dedicado: para os resultados serem eficientes, é necessário o entendimento a respeito da formação de uma equipe especialista e dedicada à governança de APIs. Assim, especialistas e fornecedores podem ser contratados, além da formação de colaboradores com especialização, cursos, estudos e workshops sobre o tema.
A criação de um centro de excelência em APIs dentro da empresa é uma maneira de manter a equipe atualizada com as melhores práticas e tecnologias.
3 – Definir políticas: as políticas de API têm o objetivo de definir padrões e regras na governança do uso das aplicações da empresa. Por sua vez, incluem requisitos de autenticação, segurança, conformidade regulatória e gerenciamento de versões. Além disso, vale destacar que essas políticas devem ser claras e documentadas.
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4 – Definir padrões de codificação: com a padronização estabelecida, fica mais fácil para que as APIs sejam consistentes e fáceis de utilizar. Isso inclui a definição de nomenclaturas, a padronização nos formatos de resposta e a criação de estruturas de autenticação, por exemplo.
A implementação de ferramentas de verificação de regras e validadores automáticos garante que os padrões de codificação sejam seguidos de maneira adequada.
5 – Ciclo de vida de APIs: desde o desenvolvimento até sua descontinuação, é importante que existam estratégias claras de gerenciamento em todo o ciclo de utilização das aplicações. É importante incluir o monitoramento de uso, atualização constante e descontinuação de APIs obsoletas.
Adotar uma abordagem de desenvolvimento ágil para o ciclo de vida das APIs pode acelerar o tempo de entrega e resposta às mudanças de mercado.
6 – Monitoramento constante e análise: para que as aplicações funcionem de maneira correta, é fundamental o monitoramento do uso e desempenho das APIs. Isso, por sua vez, inclui a definição de métricas de desempenho, a análise dos dados, antecipação aos problemas e, claro, a utilização de uma plataforma de gestão de APIs que reúna todas essas informações em um único lugar.
Incorporar ferramentas de monitoramento baseadas em IA, com capacidade para prever problemas antes que eles afetem os usuários, permite uma resposta proativa aos problemas.
7 – Documentação das APIs: para facilitar a relação com desenvolvedores e outros fornecedores, é importante que exista uma documentação clara e completa para facilitar o uso das aplicações. Logo, devem ser considerados a documentação técnica, exemplos de códigos, além, é claro, das guias de desenvolvimento.
Utilizar ferramentas de documentação automática, possibilita a padronização e redução do esforço manual de construção.
Os desafios de governança e como superá-los
A governança de API é complexa, porque as empresas possuem diversas equipes técnicas envolvidas nos projetos, e cada uma delas precisa lidar com suas próprias dificuldades.
• Desenvolvedores devem buscar formas de agilizar as entregas e reutilizar recursos;
• Equipes de operação necessitam identificar as ameaças e antecipar o problema.
• A área de segurança precisa adotar medidas que a ajudem a proteger as aplicações em diferentes contextos.
Fora isso, a prática também apresenta desafios quando as aplicações passam, frequentemente, por muitas atualizações e alterações, assim, a empresa começará a adicionar novos parceiros diferentes de API — que podem não seguir as práticas e os princípios adotados internamente.
Superar esses desafios não é uma tarefa simples. No entanto, pode-se construir uma cultura voltada para a governança de API e assegurar o cumprimento de cada uma das práticas por meio das seguintes estratégias:
• Aplicação de políticas de segurança de APIs;
• Rastreamento e monitoramento de dados;
• Acompanhamento do ciclo de vida das APIs;
• Utilização de métricas para avaliar o sucesso da governança de API.
Contar com as soluções e ferramentas certas facilita a jornada da sua empresa
É preciso ter em mente que a gestão e o monitoramento de APIs e integrações de sistemas podem se tornar uma tarefa complexa e desafiadora, especialmente quando lidamos com um grande número de APIs, integrações e diferentes plataformas de desenvolvimento.
É por isso que a adoção de uma plataforma de gestão e monitoramento de APIs e integrações, como o DHuO API Plus da Engineering, traz inúmeros benefícios para as empresas.
A plataforma é uma solução completa e integrada, que permite a governança centralizada de todo ciclo de vida das APIs de maneira simples e eficiente. Com ela é possível centralizar a gestão de todas as aplicações em um único lugar, monitorar o desempenho em tempo real, identificar problemas e realizar ações corretivas de forma ágil.Além disso, o DHuO API conta com recursos avançados de segurança para exposição de APIs, permitindo a criação de políticas de segurança personalizadas para cada necessidade, garantindo a proteção dos dados em conformidade com os requisitos de segurança.Não perca a oportunidade de acelerar a transformação da sua empresa! Conheça o nosso trabalho.