Estamos mergulhando cada vez mais no universo dos dados, impulsionados principalmente por tecnologias como Realidade Aumentada, Internet das Coisas (IoT) e Realidade Virtual. Porém, essas novidades ainda esbarram em um obstáculo que as impede de se tornarem ainda mais populares: problemas de conectividade. Nesse contexto, a Edge Computing surge como a solução que promete facilitar a implementação desses recursos.
O crescimento das tecnologias citadas acima fez com que a demanda pelo processamento de dados também aumentasse, assim como a necessidade de segurança e agilidade. Diante disso, a Edge Computing vem para otimizar o uso dos dispositivos conectados à internet por meio de micro data centers que processam, armazenam e classificam dados de modo local, mantendo-os próximos do usuário.
Neste post, vamos explicar melhor o que é e quais são os objetivos da Edge Computing. Confira!
O que é a Edge Computing?
Traduzido para o português, o termo “Edge Computing” significa “computação de borda”, cujo conceito é definido como uma tecnologia que utiliza micro data centers a fim de promover o processamento, o armazenamento e a classificação de dados na fonte em que são gerados, deixando-os perto do usuário.
Para entendermos melhor o que é essa solução, é necessário falarmos sobre a Internet das Coisas, em que os dados são coletados pelo dispositivo conectado à rede do usuário. Um smartphone, por exemplo, compila os dados armazenados e os envia para que sejam processados na cloud ou em um centro de processamento.
Em se tratando da Edge Computing, em vez de levar os dados para a nuvem, ele classifica essas informações de forma local e as separa para que sejam processadas dentro do próprio dispositivo. Com isso, o tráfego de dados é reduzido, agregando agilidade e segurança ao processo.
Pode-se dizer que os dados são processados nos extremos da rede e somente uma fatia deles é enviada — fator que contribui para alavancar as tecnologias que dependem de um processamento de dados ágil e latência para serem realmente efetivas. De acordo com a Gartner, a Edge Computing é uma das principais tendências em tecnologias estratégicas para os próximos anos, já que agrega competitividade aos negócios.
Como funciona na prática?
Muitos profissionais da área de tecnologia veem a Edge Computing como um modelo “anti-latência”, pois se aplica melhor às ferramentas IoT que perdem eficiência quando se conectam com uma central de Cloud Computing.
Ao utilizar a computação de borda, a empresa deixa de enviar seus dados diretamente para a computação em nuvem. Isso porque eles são compilados, e aqueles que são requisitados com maior frequência para o usuário são armazenados no dispositivo. Por sua vez, as informações menos requisitadas e que ficam armazenadas por maior tempo são repassadas para a cloud.
Esse processo é possível graças a uma estrutura composta de dispositivos intermediários, que são conhecidos como gateways, que cumprem o papel de triar os dados, separando-os entre os que devem ser processados na Edge e aqueles a serem enviados para a nuvem, a partir de um sistema inteligente.
Dessa forma, somente os dados definidos como relevantes circulam pela rede, reduzindo o tráfego de informações nesse canal, o que é vantajoso para locais que utilizam uma conexão deficitária, visto que isso dificulta o acesso aos dados.
Quais as diferenças entre Edge Computing e Cloud Computing?
A principal diferença entre os dois conceitos está na forma como os dados são processados. A Cloud Computing consiste em uma solução que disponibiliza serviços de processamento e armazenamento de dados tendo como base data centers que são acessados online, ou seja, na nuvem. Assim, a empresa pode reduzir o uso de estruturas e servidores físicos, além de ganhar flexibilidade em suas operações e diminuir custos.
Já a Edge Computing altera a perspectiva da Cloud Computing, pois os dados são processados localmente, isto é, no dispositivo em que são produzidos. Essa característica reduz o tempo de transmissão de dados (latência).
Quais são os objetivos da Edge Computing?
Devido ao fato de melhorar a conectividade e a comunicação das empresas, a Edge Computing é uma tecnologia estratégica e que, portanto, pode alavancar o desempenho e resultados das empresas. Veja, a seguir, quais são os principais objetivos dessa solução e como eles beneficiam o seu negócio.
Melhorar a funcionalidade dos serviços
A adoção da Edge Computing pode melhorar consideravelmente a experiência do usuário final, uma vez que a torna mais previsível e aperfeiçoa a sua qualidade. Além disso, trata-se de uma rede escalável que reduz a ocorrência de problemas de desempenho e o tempo de inatividade, bem como o custo associado à sua infraestrutura e a complexidade para gerenciar os seus processos.
Reduzir os impactos das falhas de serviços
Toda a estrutura integrada a esse modelo de computação garante que as ferramentas inteligentes funcionem sem disrupção, ainda que estejam offline ou que a internet apresente uma conexão intermitente.
Levando isso em consideração, essa arquitetura é ideal para as organizações que necessitam analisar dados em áreas remotas e identificar eventuais falhas de equipamentos que não estejam conectados à nuvem.
Diminuir latência
Contar com uma baixa latência é imprescindível para o bom funcionamento de várias aplicações simultaneamente. A computação de borda contribui para a concretização desse objetivo, tendo em vista que as ferramentas passam a ser executadas localmente. Nesse cenário, os dados circulam por um trajeto menor. Logo, o tempo de resposta das aplicações também é reduzido.
Aumentar a proteção de dados sensíveis
Na Edge Computing, os dados são armazenados em diferentes locais, o que eleva a privacidade e a segurança das informações da empresa. Afinal, tem mecanismos que filtram os dados sensíveis e os processa nos próprios dispositivos, transmitindo para a nuvem apenas os dados não críticos — fator que facilita a adequação da organização à Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD).
Trazer agilidade na resposta para dispositivos IoT
A baixa latência da computação de borda traz muito mais agilidade na resposta para dispositivos IoT. Isso quer dizer que as companhias também otimizam a análise de dados, podendo realizá-las em tempo real.
Outro ponto importante é que, como coleta, armazena e analisa dados próximo ao usuário, o tráfego de dados indo e vindo, isso permite que as empresas escolham quais serviços serão processados no dispositivo e quais devem ser transmitidos para a nuvem, a fim de diminuir os custos com IoT.
O avanço da Edge Computing vai impactar positivamente os mais variados setores do mercado. Aliando-a à computação em nuvem, as empresas podem obter um processamento de dados mais veloz e seguro, o que faz toda a diferença para prestar um serviço de alta performance para o seu usuário final, com menores possibilidades de falhas e maior disponibilidade.
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