A arquitetura orientada a eventos é um modelo de arquitetura de software que pode ajudar empresas na escalabilidade de seus sistemas. Entenda!
Estatísticas apontam que mais de 72% das organizações globais utilizam arquitetura orientada a eventos (EDA) para potencializar softwares, aplicativos e processos, com as áreas de telecomunicação, serviços financeiros e empresas de mídia e tecnologia ocupando as primeiras posições na adoção da EDA.
Entre os motivos que mais impulsionam a implementação desse modelo de arquitetura, temos:
- Aprimorar a experiência do cliente;
- Melhorar a capacidade de resposta de aplicativos;
- Responder a eventos em tempo real para melhorar a disponibilidade e resiliência de sistemas.
Segundo pesquisa da Analytics Insight, 80% das empresas adotarão automação inteligente até 2025. E entre as tecnologias que envolvem hiperautomação, temos a arquitetura orientada a eventos como sendo uma das principais e mais importantes.
No artigo de hoje explicamos o que é EDA, como funciona, quais seus benefícios e como você pode construir sistemas escaláveis a partir da programação orientada a eventos. Acompanhe!
O que é arquitetura orientada a eventos
EDA, sigla para Events-Driven Architecture, ou arquitetura orientada a eventos em português, é um modelo de arquitetura de software voltado para orientar eventos em aplicações.
Um sistema que é orientado a eventos é capaz de capturar, comunicar e processar ocorrências entre vários serviços desvinculados, permitindo, assim, que eles permaneçam assíncronos enquanto compartilham informações entre si e realizam tarefas.
As arquiteturas orientadas a eventos (EDAs) são ideais para aumentar a agilidade e a mobilidade de sistemas. Por isso, esse padrão arquitetônico é muito interessante para projetos que envolvem:
- Comunicação de microsserviços para back-ends móveis e Web;
- Automação do fluxo de trabalho;
- Integração de aplicações SaaS;
- Automação de infraestruturas.
Como a arquitetura orientada a eventos funciona
Para compreender o funcionamento da arquitetura orientada a eventos, precisamos primeiramente avaliar a forma como ela opera.
Em termos simples, sua forma de operação depende de três componentes pilares (os produtores, os roteadores e os consumidores), sendo cada um deles responsável por uma determinada função.
Os produtores, por exemplo, são encarregados de enviar os eventos para um roteador de eventos, onde a ordem das mensagens será preservada cronologicamente em relação aos eventos posteriores.
Os roteadores, por sua vez, têm a missão de filtrar os eventos recebidos pelos produtores e encaminhá-los para os consumidores de eventos.
Já os consumidores recebem as mensagens filtradas, no momento de sua ocorrência ou em momentos determinados, e as processam para gerar novos eventos ou iniciar fluxos de trabalho.
Apesar de parecer simples em teoria, o funcionamento da arquitetura orientada a eventos é bastante complexa quando colocada em prática. Isso porque os eventos precisam percorrer vários caminhos diferentes, passando por muitos aplicativos e utilizando diversas APIs e protocolos para chegar até o seu ponto de destino.
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Benefícios da arquitetura orientada a eventos
São muitos os benefícios que a arquitetura orientada a eventos proporciona. Vejamos os principais:
Criação de sistemas elásticos
Uma vez que os eventos são enviados aos consumidores de eventos, uma aplicação pode se integrar facilmente aos serviços já existentes. Isso cria um ecossistema altamente escalável, com as aplicações futuras se integrando sem que a solução sofra modificações.
Maior possibilidade de escala
Na arquitetura orientada a eventos, os serviços são todos desacoplados, funcionando de forma assíncrona. Isso significa que cada componente pode atuar ou sofrer falhas de forma independente, sem que isso afete os demais eventos e serviços.
Redução da complexidade
Ao permitir a divisão de fluxos de trabalho em microsserviços independentes, os desenvolvedores e arquitetos de software podem usar a EDA para reduzir a complexidade geral dos seus ambientes de desenvolvimento.
Auditoria de aplicações simplificada
Os roteadores atuam como um canal central, que concentra vários eventos diferentes de um sistema. É possível usar esse local para auditar todas as aplicações, além de recorrer à criptografia de eventos que estão em trânsito e repouso para proteger os dados.
Redução dos custos
Arquiteturas orientadas a eventos funcionam com um modelo de push, o que implica que todas as ações ocorrem de acordo com a demanda no momento em que o evento é transmitido ao roteador. Isso pode reduzir significativamente os custos com largura de banda, já que elimina a necessidade de pesquisas constantes para verificar a presença de eventos.
Como construir sistemas escaláveis com programação orientada a eventos
A EDA (Events-Driven Architecture) é uma abordagem poderosa para construirmos sistemas distribuídos e escaláveis. No entanto, como em qualquer outro modelo de arquitetura, precisamos compreender que existem vários desafios ao realizar a programação orientada a eventos.
Quais são eles?
- Lidar com a complexidade dos sistemas baseados em eventos;
- Assegurar a entrega e a confiabilidade dos eventos;
- Gerenciar os dados dos eventos em escala;
- Garantir que os sistemas orientados a eventos estejam seguros.
Nesse caso, como superar os obstáculos e construir sistemas escaláveis?
Para os especialistas da Engineering, isso pode ser feito a partir de algumas boas práticas:
- Projetar o esquema de eventos para evitar antipadrões, como é o caso de eventos genéricos, com muitos dados ou que vazam informações.
- Recorrer à comunicação assíncrona para que falhas em um serviço não prejudiquem o desempenho dos demais componentes.
- Utilizar receptores confiáveis para assegurar que os eventos sejam entregues corretamente para os consumidores.
- Aplicar testes isolados em cada componente, inclusive quando combinado a outros componentes, para garantir que o sistema funcione em sua totalidade.
- Monitorar o sistema e aplicações para identificar a existência de problemas e atuar rapidamente na resolução deles.
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