O que é CLI? Esse mecanismo de software está disponível em sistemas Linux e Windows, e é usado para emitir comandos ao sistema a partir de textos.
Quando implementado corretamente, e unido a APIs, as CLIs (Interfaces de Linha de Comando) podem ajudar equipes a automatizar processos e melhorar sua eficiência operacional.
No artigo de hoje, mostramos o que é CLI, quais seus benefícios de uso e melhores dicas para implementação. Confira!
Afinal, o que é CLI?
Interface de Linha de Comando ou Command-Line Interface em inglês, é um mecanismo de software que possibilita que usuários interajam com uma aplicação ou sistema por meio de texto, em ambientes conhecidos como terminais.
Nesses terminais, os usuários enviam comandos de texto, muitas vezes com argumentos e opções, para executar ações no sistema. Isso permite que eles realizem uma ampla variedade de tarefas, além de conseguirem automatizar processos.
As CLIs, assim como as APIs, também são muito úteis para acessar sistemas e dados. A diferença entre elas é que, enquanto a CLI é um consumidor de informações que pode vir de APIs, as APIs atuam como a camada entre solicitante e o sistema.
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Para que serve a CLI?
A Interface de Linha de Comando serve para dizer ao sistema o que fazer com base em seus comandos. Por isso, pode ser aplicada para cumprir diferentes propósitos e cenários, desde o desenvolvimento e a administração de softwares até o gerenciamento de rede.
Muitas pessoas pensam que a CLI só pode ser executada por profissionais experientes e com níveis avançados de conhecimento técnico, mas isso não é verdade. Profissionais iniciantes também podem usar e se beneficiar do mecanismo, só precisam aprender suas funções e melhores casos de uso.
Benefícios e vantagens do uso da CLI
A CLI possui uma interface simples de trabalhar, portanto pode ser implementada rapidamente na empresa. Essa praticidade traz uma série de benefícios e vantagens, que começam em:
- Eficiência operacional: a partir de uma CLI, pode-se executar ações em vários arquivos ou sistemas com um único comando de texto. Além disso, é possível também criar scripts para automatizar muitos processos, como é o caso de instalações de softwares e backups;
- Gerenciamento simplificado: os profissionais da TI também podem enviar comandos à CLI para gerenciar arquivos, servidores e até mesmo para administrar ambientes em nuvem, remotamente;
- Resolução de problemas: também é possível usar uma CLI para obter a visualização rápida de logs do sistema, o que facilita a identificação de mensagens de erro e informações de depuração;
- Otimização da memória: com a interface de comando simples, a CLI tende a consumir menos recursos computacionais (como memória) do que interfaces gráficas. Isso beneficia as estações de trabalho, mesmo que os usuários precisem executar tarefas complexas ou extensas.
Aplicações nas empresas
Em razão da sua flexibilidade, a CLI pode ser usada em diferentes cenários e situações, como é o caso do desenvolvimento de software.
Os desenvolvedores podem recorrer à CLI para compilar, depurar e testar seus programas. As IDEs, também conhecidas como Ambientes de Desenvolvimento Integrado, geralmente permitem o uso de linha de comando na sua formatação, então, os profissionais podem usar disso para agilizar a criação e o aprimoramento de seus produtos de software.
Outra forma de aplicação está relacionada à administração de sistemas. Os administradores podem usar a CLI para gerenciar ambientes e servidores onde a interface gráfica pode estar ausente ou inacessível. Ela permite instalar e atualizar sistemas, monitorar recursos, configurar parâmetros da plataforma e gerenciar usuários, entre outras funções.
Além da administração de sistemas e desenvolvimento de software, os profissionais também podem usar a CLI para controlar a rede da empresa. A partir dos comandos, é possível configurar dispositivos como roteadores, firewalls e servidores, além de monitorar o tráfego e solucionar problemas de conectividade.
Os comandos a partir da CLI também podem ser aplicados para realizar testes de penetração que identificam vulnerabilidades de segurança e analisam incidentes.
Fora as aplicações acima, vale dizer que a CLI também pode ser aplicada para interagir com as APIs de provedores de nuvem e gerenciar serviços e infraestrutura remota. A interação com APIs de outras aplicações e sistemas também pode ser aplicada para realizar ações repetitivas sem necessidade de acesso à interface gráfica.
A criação de scripts na CLI também pode ser usada pelos usuários para aumentar a consistência nas operações de TI, uma vez que elimina a necessidade de intervenção manual em tarefas demoradas e propensas a erros, como a configuração de infraestrutura, implantação de aplicações, provisionamento de acessos de usuários, entre outros.
Dicas para adotar o uso da CLI
A Interface de Linha de Comando é realmente simples, mas para obter o máximo potencial de uso da CLI será preciso que as equipes de TI se atentem às seguintes práticas:
Conhecer os comandos corretos
Saber quais comandos devem ser usados é importante para que o sistema compreenda o que deve ser feito e execute a ação conforme a ordem. Caso você ou outro talento da equipe não conheça os comandos corretos, sem pânico. Faça uma pesquisa para entender o que ele faz e qual é a forma certa de aplicá-lo.
Restringir o uso da CLI
Como envolve o uso de comandos ao sistema, é importante também que se restrinja o controle de acesso apenas aos profissionais confiáveis que entendem de CLI e que podem realizar as ações de sistema que a CLI fornece.
A falta de restrição pode ocasionar erros na execução dos comandos e, consequentemente, gerar problemas no sistema.
Manter a CLI atualizada
Outra dica que não pode ser negligenciada pela equipe de TI é manter a CLI sempre atualizada. As CLIs, assim como os sistemas e demais softwares, estão em constante evolução e garantir que se esteja utilizando a versão mais atualizada dela é uma boa prática.
Registrar todas as atividades
Manter todas as atividades da CLI documentadas é muito importante para o time detectar gargalos, alterações e identificar comportamentos suspeitos no sistema. Essas ações podem contribuir para a resolução rápida de problemas, caso algo dê errado.
Contar com as ferramentas adequadas
O primeiro passo antes de adotar um CLI é mapear/desenhar o processo que se deseja automatizar, e em seguida, avaliar se os sistemas que farão parte dessa automação possuem um CLI.
Aqui é importante mencionar que, a preferência por sistemas que forneçam essa interface é crucial para simplificar todos os processos de automação.
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