API Gateway: o que é e por que usar com microsserviços?

O desenvolvimento de um aplicativo orientado a um conjunto de microsserviços requer uma definição clara e eficiente de como estes microsserviços vão interagir entre si, a fim de cumprir a proposta de integração do seu projeto inicial. Ao optar pelo API Gateway, você pode facilitar esse processo, já que a alternativa permite a personalização da arquitetura da plataforma.

Em aplicações com microsserviços, você pode enfrentar algumas dificuldades na comunicação entre o cliente e os microsserviços, o que, entre outras causas, pode acontecer por conta do uso de protocolos incompatíveis com a web. Esse problema pode ser eliminado por meio da API Gateway. Neste post, vamos mostrar tudo o que você precisa saber sobre o assunto. Confira!

O que é API Gateway?

Traduzido para o português, o termo ‘’gateway’’ significa portão. Nesse sentido, o API Gateway é definido como um filtro de entrada, cuja função é direcionar os dados e chamadas do aplicativo para o local mais apropriado, de forma eficiente. Algumas das principais funções da ferramenta são:

• fazer o tráfego de chamadas diante de integração entre meios diferentes, como mobile e sistema cloud, direcionando a API para o destino ideal;
• trabalhar como uma espécie de porta de entrada única para a integração das APIs e dos usuários;
• atuar como roteador, de modo que o sistema aja como um roteador de tráfego de Rate Limit e das APIs;
• operar como mecanismo de segurança, assegurando a proteção do aplicativo a partir da autenticação de usuário, além de limitar conexões e logs de acesso, o que é feito de acordo com o volume de requisições realizadas nos últimos segundos ou ao longo do mês.

As funcionalidades oferecidas pela API Gateway impactam positivamente as empresas, uma vez que simplificam o seu controle, reduzindo o acesso aos serviços web a uma porta de entrada única. Dessa maneira, o time de TI e desenvolvimento pode focar somente em um lugar a ser gerenciado.

Além disso, a complexidade associada à API principal também é reduzida, pois o controle de acesso passa a ser responsabilidade do API Gateway. Pode-se dizer que a finalidade da ferramenta é eliminar a burocracia normalmente atrelada ao roteamento e demais atividades de core da aplicação, o que gera mais valor para a plataforma.

Como o API Gateway se diferencia do API Manager?

Apesar de confundir algumas pessoas, há algumas diferenças entre o API Manager e o API Gateway. Para começar, no quesito funcionalidades, o API Manager apresenta um número bem maior de funções do que o API Gateway, que fica mais restrito aos filtros de segurança e direcionamento do API.

Na prática, o API Manager incorpora o API Gateway em sua estrutura, agindo como se fosse um sistema de gestão. A ferramenta compreende recursos que facilitam o desenvolvimento e aplicações das demais APIs, o que contribui para reforçar as normas de uso, melhorar o controle de acessos, coletar e analisar detalhadamente as estatísticas de uso, bem como gerenciar todo o ciclo de vida da API.

Por que usar o API Gateway com microsserviços?

Uma comunicação eficiente entre os microsserviços é crucial para que as aplicações funcionem corretamente e, consequentemente, assegurem uma boa experiência ao usuário final. Quando você agrupa os microsserviços e permite que sejam acessados pelo API Gateway, o acesso não só se torna mais rápido, como também mais fácil e seguro. Saiba quais são os benefícios gerados pela ferramenta.

Cria um único ponto de entrada no sistema

A adoção do API Gateway modifica a arquitetura interna do sistema, proporcionando a cada cliente uma API de acesso que contempla as suas características e objetivos específicos. Nesse processo, a ferramenta também executa outras funções, como autenticar, monitorar, armazenar em cache, além de gerenciar as chamadas dos microsserviços.

Traz simplicidade e transparência para o usuário final

Um dos principais motivos para os usuários não aderirem a um aplicativo é uma usabilidade ruim, que dificulta a navegação entre as abas e execução do serviço a que ele se propõe.

O API Gateway traz simplicidade e transparência para o usuário final, tendo em vista que trabalha com um front-end único (interface de navegação, design e ferramentas de interação), o que torna as operações mais intuitivas e fáceis. Sem falar que o time de desenvolvimento também pode aprimorar a Use Experience (UX), adaptando a plataforma às demandas do seu público consumidor.

Adiciona uma camada de segurança

Um ataque cibernético bem-sucedido pode expor os dados da empresa e dos usuários do aplicativo. Pensando nisso, os gateways de API aumentam a segurança do sistema, protegendo-o de ataques de agentes maliciosos.

Isso é possível por adicionar uma camada de proteção que combate vetores disparados por ataques digitais utilizando uma buffer zone, que volta o foco do aplicativo para o negócio, enquanto o cache e segurança ficam a cargo da API Gateway.

Separa as camadas da aplicação

Nada mais chato do que sermos obrigados a usar funcionalidades que não nos interessam para que possamos usar a função que realmente buscamos dentro de um aplicativo, não é mesmo? Para que isso não aconteça, o API Gateway separa as camadas APIs e os microsserviços para que o usuário use somente aquilo que é útil na plataforma.

Melhora os processos de desenvolvimento

Ao separar as camadas do aplicativo, os processos de desenvolvimento também são otimizados, o que facilita o cumprimento dos requisitos do seu projeto inicial. Caso o sistema tenha uma funcionalidade que não é usada com frequência nas operações da empresa e que recebe poucos chamados, a tendência é que exija menos recursos e proporcione uma melhora de desempenho na performance das máquinas utilizadas nas operações do negócio.

A implementação do API Gateway pode ser útil desde autenticar os chamados de API até para rotear o tráfego de APIs. O seu uso simplifica os processos de configuração dos microsserviços e permite a entrega de sistemas mais eficientes e compatíveis com as demandas dos usuários.

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