A transformação digital acelerou o mundo dos negócios, fazendo com que as empresas precisem desenvolver soluções inovadoras em menor tempo, sem que isso sacrifique a qualidade do produto ou serviço oferecido. Nesse contexto, sugiram as APIs, que consistem em um conjunto de rotinas de ferramentas e protocolos que conectam um software ao outro, permitindo que se comuniquem e troquem informações.
O uso de API se tornou tão recorrente que deu origem a um novo mercado, chamado de API Economy, uma vez que a adoção desse recurso afeta diretamente o crescimento e lucratividade das empresas. Neste post, conversamos com Filippo Di Cesare, CEO (Diretor-Presidente) da Engineering do Brasil, para explicarmos tudo o que você precisa saber sobre esse conceito. Confira!
O que é API Economy?
Primeiramente, é necessário relembrarmos que as APIs são ferramentas criadas há uma década para permitir a integração de sistemas. Essa integração acontece, inclusive, como linguagens de programação diferentes. Segundo Filippo Di Cesare, com a digitalização das ofertas e serviços, o uso de APIs apresenta uma demanda cada vez maior, tanto no que se refere à exposição dos sistemas voltados para o público interno quanto para desenvolvedores de outras empresas, parceiras e clientes.
‘’No mercado de varejo, por exemplo, a necessidade de criação de canais digitais de vendas, agravada pelos impactos da pandemia, que exigiram um maior cuidado com as interações físicas, fez com que a exposição dos sistemas tradicionais (legados) das empresas explodisse. O uso de APIs é indispensável para integrar soluções que habilitam esses canais digitais, como marketplaces, lojas virtuais próprias e a criação de lojas afiliadas aos grandes varejistas, capilarizando a atuação digital destas empresas’’, acrescenta.
Entre os exemplos mais comuns de APIs podemos citar o Google Maps, que é frequentemente integrado às plataformas de serviços que precisam compartilhar dados de localização com os seus usuários, Google Sheets API, que tem a finalidade de automatizar e modificar a leitura de planilhas, e o WhatsApp Business API, que possibilita que empresas se comuniquem com clientes por meio da ferramenta de conversação.
A crescente adoção desse mecanismo resultou na API Economy (Economia de API), que é definida como a economia que gira em torno dessa prática e é focada em serviços, sendo capaz de desenvolver novas funcionalidades e serviços rapidamente, tal como acontece na integração.
De acordo com uma pesquisa da Sensedia, apenas no primeiro semestre de 2020 foi registrado um aumento de 34% no consumo de APIs, o que se deve ao fato de as organizações terem tido a necessidade de aperfeiçoar os seus sistemas para se adaptar às novas condições impostas pela pandemia.
Quais são os impactos da API Economy para as empresas?
A difusão da API Economy traz diversos benefícios para os negócios e pessoas neles envolvidas, que vão desde desenvolvedores de soluções até clientes. Afinal, a partir dela é possível agregar valor ao serviço da empresa, expor sistemas legados e permitir que os programadores criem aplicações conectadas ao stack tecnológico que já existe.
Desse modo, os programadores de outras áreas da empresa ou de companhias de fora podem utilizar o serviço oferecido, o que o torna mais eficiente e o mantém competitivo no seu mercado de atuação.
‘’Outro benefício relevante é se conectar ao ecossistema de inovação, permitindo que tech companies (Startups) criem produtos e serviços inovadores e disruptivos, baseados nos sistemas da empresa e que viabilizam a incorporação desses aplicativos, a fim de inovar sem a necessidade de investimento específico em áreas de P&D próprios’’, ressalta o CEO da Engineering. Veja outros impactos positivos proporcionados pela API Economy.
Facilidade de aplicação
Dentro desse novo conceito, os processos complexos e demorados relacionados ao desenvolvimento de sistemas ficam para trás, uma vez que o uso de APIs contribui para uma implementação customizável, que se adapta às necessidades da organização, otimizada e, acima de tudo, simplificada.
Disrupção
Não são apenas os negócios digitais que podem se beneficiar do uso das APIs, pois elas são tão práticas e funcionais que facilitam a transformação dos negócios físicos em plataformas digitais, eliminando burocracias, processos e custos desnecessários.
Agilidade para transmitir dados
Por se tratar de uma ferramenta que tem um compartilhamento de informações simples e que conta com mecanismos que fazem a autenticação dos usuários, a transmissão de dados ganha agilidade, além de acontecer de forma segura, sem riscos para a companhia.
Versatilidade de portfólio
Com a popularização das APIs, as empresas ampliaram as suas chances de construir um portfólio diversificado, tendo em vista que elas adicionam velocidade no lançamento de novos produtos e serviços, evitando que o negócio se torne defasado.
Rentabilidade
A demanda por plataformas descomplicadas, como interface de redes sociais, os mais variados tipos de aplicativos e soluções móveis, fez com que as empresas migrassem para o universo das APIs, condição que favorece a obtenção de receitas adicionais e impulsiona o crescimento dos negócios.
Como fazer parte da API Economy?
De modo geral, as empresas já vivem na Economia de APIs, mas nem todas enxergam essa ferramenta como uma oportunidade para construir novas estratégias digitais e modelos de negócio. Sendo assim, para avançar nesse novo cenário, é preciso adaptar o seu mindset e ecossistema. Entenda quais são as melhores práticas a serem seguidas.
Tenha uma estratégia digital que alavanque o uso de APIs
Estabeleça uma gestão sobre o seu portfólio de API, tendo como objetivo tornar as prioridades da organização determinantes para o modo como as APIs vão ser empregadas nos seus produtos e serviços.
Na hora de comandar as APIs, o ideal é usar plataformas de gerenciamento específicas e já disponibilizadas no mercado, em vez que fazer isso por conta própria. A medida contribui para liberar recursos para executar uma integração de sistemas relevante e poupar tempo da sua equipe.
Adapte a experiência de API ao perfil dos seus clientes
Apesar de as APIs serem produtos consumidos por aplicativos, não diretamente pelos usuários finais, isso não significa que você não deve considerar o perfil dos seus clientes no momento de construí-las. De nada adianta fazer esse tipo de integração se a empresa não conseguir impactar positivamente o seu consumidor.
Por isso, é recomendado construir as APIs conforme os requisitos embutidos em cada aplicativo de consumo. De preferência, crie integrações somente para serviços que já têm um público-alvo, do contrário a chance de ser ineficaz é grande.
Priorize as questões de segurança
Todo negócio digital envolve dados com diferentes níveis de sigilo. Levando isso em consideração, é necessário dobrar os cuidados com as questões que envolvem a segurança das informações transmitidas pelas APIs, o que inclui a implementação de processos mais rígidos envolvendo não só os desenvolvedores, mas a equipe de operações em geral.
A API Economy não se fundamenta apenas em tecnologia, pois também trata de negócios. ‘’ No novo mundo da Economia Colaborativa, onde uma ou mais empresas trabalham em conjunto com o objetivo de gerar mais valor para seus clientes e, consequentemente, para seu negócio, uma estratégia de APIs sólida é fundamental para possibilitar a colaboração e exposição de sistemas tecnológicos entre as empresas que desejam criar serviços inovadores’’, aponta Filippo Di Cesare.
Para trilhar uma jornada bem-sucedida nessa área, é imprescindível contar com a orientação de quem é especialista em transformação digital, como a Engineering, que oferece ferramentas para a gestão de integrações, proporciona visibilidade, previsibilidade e agilidade para os desenvolvedores. Nós descomplicamos esse processo, permitindo que a sua empresa foque nos seus pontos estratégicos.
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