Uma documentação bem estruturada é base de um projeto de softwares. No entanto, os desenvolvedores também precisam priorizar um código escrito intuitivo, que torna a experiência do usuário final da aplicação acessível e descomplicada. Se a ideia é simplificar os processos de programação, a Fluent API (API Fluente) é o recurso de que você precisa.
As interfaces fluentes se referem àquelas que caracterizam o seu sistema, o que inclui seus métodos, propriedades e classes. Por meio delas, basta o desenvolvedor ler o código de programação uma única vez para entender o que ele quer dizer, já que se assemelham a uma frase.
Cansou de processos complicados? Confira, neste post, o que é e como aplicar a Fluent API!
O que é Fluent API?
Em termos de engenharia de software, uma API fluente consiste em uma API (Interface de Programação de Aplicações) voltada para objetos que apresentam um design que funciona a partir do encadeamento de métodos. Criado em 2005 por Martin Fowler e Eric Evans, o conceito serve para elevar a legibilidade do código, o que se dá por meio da adoção de uma linguagem específica de domínio (DSL).
Na rotina de programação, o desenvolvimento de uma API fluente nada mais é do que trabalhar em um projeto de software no qual você não precisa memorizar os próximos métodos ou ações a serem executados — fator que contribui para uma sequência natural e contínua, que flui de maneira semelhante a um menu de opções.
Nesse formato, a programação acontece de forma natural. Isso porque, à medida que o programador cria uma funcionalidade, o sistema sugere opções relacionadas ao conteúdo principal e às demais escolhas realizadas. Assim, os processos fluem de um modo simplificado, mais rápido e eficiente.
Como criar um código de Fluent API?
Para colocar a API fluente em prática, você deve entender como ela funciona. Basicamente, esse conceito está dividido em três processos, que juntos otimizam a programação de softwares:
- o objeto: é definido com uma instância que visa a representar o resultado de um processo;
- as opções: são coleções de interfaces que podem ser entendidas como um “menu intuitivo”. Nessa proposta, após a execução de uma ação, são mostradas as opções disponíveis para a próxima etapa, de acordo com uma sequência intuitiva;
- o resultado: trata-se da resposta da jornada de desenvolvimento que pode resultar ou não em uma instância, a fim de criar uma entidade ou processo. É imprescindível que o resultado seja válido.
Sendo assim, a jornada de criação de uma API fluente é muito simples. Primeiramente, o desenvolvedor define o seu objeto e a sua interface inicial. Essa interface vai ser responsável por apontar outras interfaces, isto é, as opções que poderão ser escolhidas para dar prosseguimento à programação.
Dessa maneira, o resultado da API vai ser a classe do software, e nela estão contidas todas as características, propriedades e funcionalidades da ferramenta, que permitem uma implementação simples e intuitiva.
O que diferencia a Fluent API do Builder?
A Fluent API e o Builder são padrões de API frequentemente comparados. Por vezes, eles podem gerar dúvidas para os times de desenvolvedores, tendo em vista que ambos funcionam com base em métodos em sequência para viabilizar os processos de programação de uma instância.
Porém, vale ressaltar que a Fluent API está atrelada a uma DSL, que determina um caminho mais simples e rápido para isso. Por sua vez, o Builder não esclarece quais são os métodos de construção exigidos, apresenta maior número de problemas no momento da execução e é mais indicado para a implementação.
Já a API fluente força o programador a seguir o fluxo e mostra claramente os campos opcionais, mas costuma ter uma implementação mais complexa quando há mais possibilidades de caminhos.
Os processos de desenvolvimento de softwares por si sós são complexos, pois envolvem uma série de variáveis. Diante disso, utilizar mecanismos que os simplifiquem, como é o caso da Fluent API, é fundamental para oferecer plataformas cada vez mais eficientes e intuitivas ao seu cliente.
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