Existem diferentes tipos de APIs que podemos aplicar em nossos projetos. Hoje vamos descobrir quais são eles, e quais tipos de protocolos podem ser usados para criar e gerenciar APIs.
APIs são interfaces de programação que permitem a comunicação entre diferentes componentes de software. Elas aceleram o desenvolvimento de novos produtos e serviços, agregando funções adicionais em plataformas, como aplicativos e sites.
Dentro desse universo, existem diferentes tipos de API que podem ser usados nos projetos, cada um com suas próprias regras, padrões e convenções.
No artigo de hoje vamos descobrir quais são esses principais tipos, suas aplicações, e como escolher o melhor tipo de API para as suas necessidades.
Acompanhe!
Quais os tipos de APIs
Existem quatro principais tipos de APIs: públicas, privadas, parceiras e compostas.
APIs públicas
As APIs públicas, como o próprio nome já diz, ficam disponíveis para qualquer desenvolvedor, usuários e terceiros que queiram usar a API. Elas oferecem funcionalidades e recursos diversos, sendo necessário apenas uma autenticação (chave API geralmente) para acessar os serviços.
APIs privadas
As APIs privadas, por sua vez, são aquelas que foram desenvolvidas para uso próprio da empresa. Ou seja, não se destinam a usuários externos.
APIs parceiras
Já as APIs parceiras são aquelas que atuam como ponte entre diferentes empresas, organizações ou entidades, facilitando a troca de dados e o acesso a funcionalidades, serviços e dados. Aqui o acesso é controlado, de modo que é necessário um acordo entre as partes para usar os serviços.
APIs composta
As APIs compostas, por outro lado, são integrações de múltiplas APIs que permitem que desenvolvedores executem várias solicitações de API ao mesmo tempo, em uma única chamada. Isso torna esse tipo de API ideal para reduzir a latência e melhorar a eficiência da comunicação entre APIs.
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Tipos de protocolos de API
Dentro dos diferentes tipos de API, existem também protocolos que vão ditar a forma como criamos e gerenciamos nossas APIs.
Esses protocolos podem ser:
1- SOAP
Sigla para Simple Object Access Protocol, o SOAP é um protocolo de API que utiliza XML para todas as mensagens.
É considerado o mais seguro entre os protocolos, pois sua carga é estritamente XML. Assim, é indicado para comunicações entre sistemas internos, como bancos de dados e aplicações corporativas.
2- REST
O REST, sigla para Representational State Transfer, é um dos protocolos de API mais utilizados.
Ele é compatível com várias restrições arquitetônicas (stateless, cacheable, client-server, layered system, uniform interface e code on demand), e seu formato de carga pode ser JSON, XML, HTML ou até mesmo texto sem formatação.
3- gRPC
Já o gRPC é um protocolo de API que utiliza HTTP/2 para transporte e Protocol Buffers como linguagem de interface, por isso, é muito usado para comunicações entre microsserviços.
A biblioteca gRPC é bastante flexível, podendo lidar com codificação/decodificação e transmissão de dados.
4- GraphQL
O GraphQL, por sua vez, é um protocolo de API que permite aos usuários consultar exatamente os dados de que precisam e nada mais. Ele foi proposto pelo grupo Meta em 2015, sendo recomendado para projetos envolvendo sistemas complexos nos quais as relações entre dados e empresas são semelhantes a grafos.
É importante frisar que o GraphQL não substitui o protocolo de API REST. Ele pode ser criado em cima de serviços REST já existentes.
5- WebSocket
Já o WebSocket é um protocolo de API que permite a comunicação em tempo real full-duplex sobre TCP.
Aqui, os usuários podem abrir uma conexão persistente da Web para receber atualizações dos serviços de back-end quase que imediata. Indo contra ao modelo pull do REST, que sempre “puxa” dados, o WebSocket permite que dados sejam “empurrados”.
6- Webhook
Por último, temos o Webhook, um protocolo de API que é geralmente usado para chamadas de API assíncronas de terceiros.
Eles possuem essa aplicação porque notificam os usuários sobre os eventos e elimina a necessidade de polling contínuo (onde um sistema verifica periodicamente se há novas informações).
Escolhendo o melhor tipo de API e protocolo para seu projeto
Agora que sabemos quais são os principais tipos de API disponíveis e quais protocolos podem ser usados para criar e gerenciar APIS, vamos entender como escolher o melhor tipo de API e protocolo para as necessidades do seu projeto.
Os especialistas da Engineering recomendam que, durante esse momento de escolha, você considere os seguintes pontos:
- Custo: Qual é o custo de implementação e manutenção da API? É importante que ele esteja dentro do orçamento e seja viável a longo prazo para evitar surpresas financeiras que possam comprometer o andamento do projeto!
- Desempenho: Como a API se comporta em termos de velocidade e eficiência? Verificar se ela suporta a demanda do seu projeto é determinante para manter a experiência fluida e evitar problemas de latência!
- Facilidade de uso: A API é fácil de usar e integra-se com as tecnologias e trabalhos já existentes? Escolher uma API difícil de ser manuseada pode atrasar o desenvolvimento e elevar os custos com treinamento e suporte!
- Funcionalidade: Quais são as funcionalidades oferecidas pela API? Ela atende a todas as necessidades do seu projeto? Assegure-se de que todas as funções essenciais estão presentes para evitar busca de soluções adicionais ou desenvolver funcionalidades do zero!
- Segurança: A API oferece as medidas de segurança necessárias para proteger os dados e a comunicação? Caso a resposta seja “não”, cuidado, isso pode ocasionar vulnerabilidades.
- Suporte: Qual é o nível de suporte disponível para a API? Ela possui boa documentação? Esses elementos são importantes porque vão ajudá-lo a resolver problemas rapidamente e garantir que seu projeto não sofra interrupções.
O importante papel da gestão no universo API
A empresa pode lidar com diferentes tipos de APIs, dependendo do volume de projetos.
Nesse cenário, é muito importante que ela tenha controle absoluto sobre suas APIs e o estágio de vida das aplicações, para evitar que falhas ou incompatibilidades ocorram, e isso acabe afetando o andamento e sucessos dos projetos.
E como podemos obter esse controle? A partir da gestão de API!
Para esse gerenciamento, o recomendado é que o time utilize uma ferramenta exclusiva para governança de API, como é o caso do DHuO API Plus, por exemplo, porque nesse ambiente tem acesso a recursos próprios para monitorar, organizar e proteger todas suas APIs.Quer saber mais? Conheça o DHuO API Plus!