Você sabe o que é Kubernetes? Essa tecnologia tem revolucionado as etapas relacionadas à implantação das aplicações de um software. Afinal, ela automatiza os processos de containerização, dispensando boa parte das operações manuais envolvidas nessa prática. O sistema permite ampliar sua capacidade produtiva, pois aumenta a velocidade das suas entregas sem que isso implique perda de qualidade das soluções.
E aí, vamos conhecer melhor essa ferramenta que está trazendo inovação para o mercado de TI e ganhando o coração de desenvolvedores e operadores da área? Nas próximas linhas, explicamos em detalhes o que é Kubernetes, como essa tecnologia funciona, quais as suas funções e vantagens, além de como adotá-la na sua empresa. Confira!
Afinal, o que é Kubernetes?
Desenvolvido pelos engenheiros da Google em meados de 2014, o Kubernetes ou K8s consiste em um projeto de código aberto cuja finalidade é orquestrar containers e automatizar a implementação de aplicações.
Antes de seguirmos adiante, vale lembrar que um container é uma unidade padrão de um software, onde está o seu código e todas as dependências necessárias para que ele seja executado de forma ágil e segura dentro de um espaço de computação isolado.
Esse método se baseia no particionamento de servidores para isolar as aplicações e os bancos de dados, além de ser executado a partir do kernel do sistema operacional. Assim, a estrutura pode ser montada diretamente na nuvem, eliminando a necessidade de usar máquinas virtuais.
Nesse sentido, o Kubernetes automatiza os processos de containerização, de modo a acabar com operações manuais no momento de montar ou escalonar as aplicações dentro do container. Na prática, isso quer dizer que o usuário pode agrupar hosts, que estejam implementados nos containers, em clusters, enquanto o Kubernetes disponibiliza ferramentas que simplificam o gerenciamento desses itens.
Como o Kubernetes funciona?
Conforme abordado no quarto episódio do Engcast, o podcast da Engineering no YouTube, o Kubernetes veio para resolver o problema relacionado à quantidade de containers, já que ele entende quais são os containers dele por meio de APIs, que transmitem instruções de como ele deve se comportar, se será exposto a determinado serviço, por exemplo.
A partir daí, a ferramenta passa a coletar métricas que compreendem o que precisa ser feito, se é necessário subir outro container clone do anterior para suportar um pouco mais de requests, ou descer o container para obter uma quantidade específica de requests, entre outras possibilidades.
Ele pega as métricas dos containers e vai lidando com o contexto no qual está trabalhando de acordo com as necessidades do software. Para isso, o Kubernetes é rodado em um sistema operacional como o Red Hat Enterprise Linux Container Host, além de se comunicar com pods de containers executados em nós.
A máquina principal do Kubernetes recebe os comandos oriundos da equipe de DevOps, os assimila, e posteriormente retransmite as informações aos nós subservientes Isso assegura que as instruções sejam colocadas em prática com o máximo de agilidade e sem erros.
Vale ressaltar que a solução trabalha em parceria com o Docker. Em resumo, ela o utiliza para criar os containers que serão empregados no ambiente. Porém, o Kubernetes não tem somente esse objetivo, visto que orquestra e gerencia os clusters de containers.
Embora o Docker tenha o seu próprio orquestrador, ele não apresenta a mesma capacidade de gerenciamento gerado pelo Kubernetes, que também traz recursos de monitoramento. Com isso, pode-se executar um número maior de atividades com muito mais eficiência.
Quais são as funções do Kubernetes?
A ideia central do Kubernetes é otimizar as tarefas operacionais do início ao fim, permitindo que os containers executem atividades viabilizadas por outras plataformas, sejam elas de aplicações ou gerenciamento. Entre as principais funções da ferramenta, estão:
- orquestrar containers em diferentes tipos de hosts;
- promover o controle e a automatização dos processos de implantação ou atualização de aplicações;
- ampliar o aproveitamento do hardware para melhorar os recursos empregados no uso de aplicações corporativas;
- escalar as aplicações em containers em menor tempo;
- estruturar e adicionar armazenamento para rodar aplicações que fazem o monitoramento de estado;
- gerenciar tarefas de maneira declarativa para que as aplicações sejam executadas conforme projetadas;
- checar a integridade e a capacidade de autorrecuperação de aplicações que apresentam posicionamento, replicação, escalonamento e reinício automáticos.
Para todos esses serviços funcionarem satisfatoriamente, o Kubernetes requer a inclusão de outros projetos, tais como:
- serviços disponibilizados por meio de um catálogo com conteúdos variados e embasados em padrões de aplicações comuns;
- Docker Registry ou Atomic Registry para registro;
- Heapster, Hawkular, Kibana ou Elastic para telemetria;
- borda inteligente ou Open vSwitch para rede;
- OAuth, SELinux, LDAP ou RBAC para segurança;
- Playbooks do Ansible para automação.
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Quais são as vantagens de usar o Kubernetes?
O Kubernetes se tornou uma peça-chave na transformação digital por trazer muita facilidade para o desenvolvedor e para o operador. Dessa forma, o desenvolvedor não precisa mais conhecer um servidor, assim como o operador pode voltar toda a sua atenção para a parte de operação.
Portanto, o ciclo de desenvolvimento de software ficou mais simples a partir da adoção dessa ferramenta. Pode-se fazer o container e o seu deploy (implantação), gerenciar a saúde dele, podendo escalar a sua capacidade ou diminuí-lo, a fim de reduzir o consumo de recursos.
Como adotar a tecnologia na sua empresa?
O Kubernetes está cada vez mais presente nas empresas de TI. Para adotá-lo, é preciso analisar o seu software e verificar se há necessidade de ajustá-lo para que execute a ferramenta e se ele aceita uma containerização.
Também é indispensável ter um time preparado para lidar com a solução, pois de nada adianta implantá-la se os colaboradores não souberem como operá-la. O uso do recurso promove uma mudança de paradigma, já que a equipe deixa de hospedar seus softwares em servidores mais robustos e monolíticos e migra para um sistema mais “limpo”.
Numa área constantemente focada em produzir entregas ágeis e de qualidade, saber o que é Kubernetes é essencial para manter a competitividade, pois trata-se de um grande facilitador. Ele unifica as equipes, aumenta a velocidade do desenvolvimento de softwares, bem como a segurança e a confiabilidade do produto que chega ao cliente e usuário final.
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