O sucesso de um aplicativo está na praticidade que oferece aos usuários. Quanto mais completo e fácil de usar, mais chances ele tem de cair nas graças do público-alvo. Nesse sentido, o gRPC é uma boa alternativa para desenvolvedores que buscam uma comunicação leve entre as plataformas e trabalham com diferentes linguagens de programação.
Apesar de não ser tão recente no mercado, ainda há quem desconheça as características e as vantagens do uso do gRPC? Esse é o seu caso? Se ajeita aí na sua cadeira e vem entender como o recurso funciona e quando utilizá-lo nas suas atividades!
O que é gRPC?
O gRPC é uma estrutura de código aberto criado pela Google e que se caracteriza pelo alto desempenho que oferece quando o assunto é a comunicação de microsserviços. A sigla RPC vem de “Remote Procedure Call”, que em português significa “Chamada de Procedimento Remoto” — tecnologia que viabiliza a comunicação de processos.
A ferramenta se baseia na semântica HTTP sobre HTTP/2, o que permite o uso do streaming full-duplex e, consequentemente, que diferentes plataformas se comuniquem por meio de conexão de rede, independentemente da sua linguagem. Desse modo, um computador pode solicitar a realização de um procedimento de outro computador com maior agilidade e eficiência.
Para que serve?
A principal finalidade do gRPC é promover o ganho de performance quando se trafega por um payload extensivo, uma vez que a sua comunicação é realizada em binário — fator que melhora o desempenho do recurso, tornando-o até sete vezes mais veloz na resposta de dados e 10 vezes mais eficiente no envio. Isso é possível por causa do empacotamento compacto dos protocol buffers, bem como a utilização de HTTP/2.
Assim, o cliente pode interagir com o servidor a partir de chamadas de funções simples, que nada mais são do que interfaces de códigos criadas automaticamente pelo gRPC. Na prática, quer dizer que o programador só precisa implementar a sua lógica de programação, dando adeus aos processos burocráticos que envolvem suas atividades.
Portanto, as principais vantagens da estrutura de código aberto são:
- facilitar a comunicação entre cliente e servidor;
- melhorar a performance dos serviços;
- disponibilizar features nativas do HTTP/2, como load balance, streaming de dados e monitoramento.
Como usar o gRPC nas suas aplicações?
O gRPC se aplica principalmente ao desenvolvimento de sistemas internos. Para isso, ao entrar na plataforma, para o lado do servidor, é necessário criar a sua API por meio da lib gRPC, que você pode encontrar no Micronaut ou no Spring Boot.
Também existe a possibilidade de subir um servidor próprio de modo manual, usando só o framework oferecido pelo gRPC. Na sequência, o desenvolvedor já pode implementar o serviço disponibilizado pela lib com a qual está trabalhando.
Em se tratando do lado do cliente, é preciso implementar um HTTP Client, que tem como função receber, tratar e traduzir todas as solicitações gRPC. Tudo de forma prática e rápida.
Algumas das situações mais apropriadas para o uso de gRPC são:
- conexões de microsserviços: a comunicação com alta velocidade e baixa latência da ferramenta facilita a conexão de microsserviços;
- sistemas multilinguagens: a ampla gama de linguagens de desenvolvimento otimiza o gerenciamento de conexões em ambientes poliglotas;
- streaming em tempo real: com base no gerenciamento do streaming bidirecional, pode-se enviar e receber mensagens em tempo real;
- redes que apresentam baixa largura de banda e potência: as mensagens serializadas Protobuf permitem mensagens leves, com maior velocidade e eficiência.
Se você ainda não utilizava o gRPC, está na hora de considerar a adoção do recurso nas suas atividades. Afinal, a ferramenta agrega alto desempenho, além de otimizar a comunicação entre plataformas, ou seja, descomplica a construção de novas soluções, permitindo que você volte a sua atenção para a parte estratégia da operação.
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