As inovações tecnológicas trouxeram muitos avanços para as empresas dos mais variados segmentos, mas também impuseram um ritmo extremamente acelerado para as mudanças. Nesse cenário, o grande desafio é a flexibilidade, ainda mais para as companhias de TI. Afinal, cabe a elas apresentar soluções cada vez mais desafiadoras e em menor tempo. Porém, a boa notícia é que a Cultura Ágil ajuda as prestadoras de TI a se adaptarem à atual realidade.
Sabemos que um dos grandes obstáculos na área tech é expandir com processos mais enxutos e mais alinhados ao mercado. É preciso atender aos clientes sem sobrecarregar os times, nem estourar orçamentos.
Apesar de bastante eficiente no setor de TI — berço da Cultura Ágil, como explicaremos daqui a pouco — abrir mão da gestão hierarquizada assusta bastante. Até mesmo os profissionais da área, mais abertos às transformações, ficam ressabiados em dar mais liberdade aos colaboradores e menos poder para as chefias.
Em um primeiro momento, adotar essa metodologia pode parecer algo muito complexo. Sim, de fato, a implementação não é simples. Contudo, a Cultura Ágil explora melhor os talentos, o que resulta em clientes mais satisfeitos.
Mas como viabilizá-la na prática? É justamente sobre isso que falaremos neste post. Vamos contar o que é a Cultura Ágil, como ela funciona, quais os seus benefícios e o passo a passo para implementá-la. Ficou interessado? Então venha com a gente!
O que é a Cultura Ágil?
A Cultura Ágil é um padrão administrativo que dá prioridade ao desempenho, e não aos processos. Desse modo, por meio da distribuição equitativa de responsabilidades e funções, a hierarquia é colocada de lado. O objetivo é dar mais ênfase à liberdade de atuação dos colaboradores.
A Cultura Ágil foi adotada por empresas de vários ramos, mas nasceu dentro da comunidade tecnológica no ano de 2001. Naquela época, criou-se o “Manifesto Ágil” com a intenção de superar os desafios da Engenharia de Software.
Esse documento trouxe alguns critérios para aumentar a velocidade do desenvolvimento de novas tecnologias. Esses quesitos tinham como prioridade conseguir operações mais dinâmicas e mais produtivas para os clientes. De acordo com a Cultura Ágil, a capacidade de adaptação é mais importante do que o planejamento.
Quais os benefícios dos métodos Agiles?
Nesse modelo, os profissionais são educados para terem um forte compromisso com os resultados. Assim, eles aprendem a buscar feedbacks por conta própria, colocando a empresa no círculo de melhoria contínua de um jeito bastante espontâneo.
A meta passa ser satisfazer o contratante, e não cumprir um projeto à risca. Nesse padrão, um exemplo de sucesso é a empresa Spotify, que desenvolveu uma tática própria de Cultura Ágil, batizada de Agile Coach. Esse mecanismo foi criado para atender às expectativas peculiares desse serviço de streaming de música. Porém, para qualquer negócio de TI, esse estilo pode trazer boas vantagens. Veja algumas!
Menos burocracia
A Cultura Ágil estimula a entrega veloz de soluções e modificações. Isso é priorizado em detrimento da burocracia ou do planejamento excessivo. Dessa forma, em um contexto de transformação digital ainda em andamento, é possível focar no funcionamento dos softwares sem perder muito tempo com documentação abrangente.
Nesse método, pessoas e relacionamentos são mais relevantes do que os processos. Da mesma forma, colaborar com o cliente é mais prioritário do que cumprir contratos, que podem ser ajustados à demanda da empresa que adquire os serviços de TI.
Equipes eficientes e independentes
Cada time é completamente responsável pelos produtos que cria. Assim, fica mais fácil fazer adaptações, ajustando as funcionalidades dos softwares à problemática do usuário.
Diante disso, se no meio de um projeto de implementação o contratante descobre que precisa de recursos de Inteligência Artificial com urgência, o projeto é moldado imediatamente para atender ao novo pedido.
Com esse formato, é possível alcançar um suporte ao usuário bem mais eficiente, ampliando a confiança dos consumidores e a boa imagem corporativa da prestadora de TI.
Produtos mais alinhados ao mercado
Se a ideia principal é satisfazer as empresas atendidas, naturalmente os produtos tecnológicos recebem uma ampliação de sua serventia, algo que agrega valor às soluções de TI. Ao mesmo tempo, esse modo de pensar permite uma conversão permanente do rumo do trabalho em direção às necessidades economicamente mais interessantes.
Por exemplo: é possível otimizar o desenvolvimento de APIs (Application Programming Interface) em conformidade com o perfil dos clientes. Na prática, essa agilidade significa garantir a monetização dos serviços e a sobrevivência do negócio.
Como implementar a Cultura Ágil na sua empresa?
A adoção da Cultura Ágil envolve conceitos abstratos, como mudança de visão corporativa, de cultura empresarial, de comportamento do time, entre outros. Dessa forma, não existe fórmula mágica. Afinal, cada empresa tem uma realidade, e essas características vão ditar a ordem e o formato da conversão. Porém, elaboramos um pequeno passo a passo para orientar os gestores interessados. Observe!
Contrate especialistas em Agile
Com um time que entenda de Cultura Ágil, será possível pegar as operações de cada departamento e adaptá-las em processos de perfil Agile. Assim, esses profissionais vão capacitar todos os setores de uma companhia para entregar soluções em ciclos curtos, com eficiência e elevada maleabilidade.
Reduza os postos de comando
Quanto menos chefes, melhor será para os processos ágeis. Assim, deve-se focar menos em posições de comando e mais em capacitação produtiva. Os colaboradores receberão direcionamentos, e não ordens.
No entanto, antes de partir para essa etapa, faça uma conscientização da equipe. Afinal, a liberdade requer senso de responsabilidade e engajamento.
Ensine o time a pensar como o cliente
Se o problema do cliente é a segurança da informação, não adianta entregar uma ferramenta com mil e uma funcionalidades, mas que não garanta a proteção de dados desejada. Nesse sentido, é necessário ensinar a equipe a tomar decisões por conta própria, mas que essas escolhas, de fato, favoreçam o negócio. Na verdade, a velocidade depende de times muito bem preparados e confiantes.
Prefira equipes menores
Equipes muito volumosas frequentemente passam por problemas graves de comunicação e de foco. Assim, prefira trabalhar com times reduzidos, no qual a circulação do conhecimento seja mais fluida.
Forme líderes inspiradores
Na metodologia Ágil, a figura do líder não é eliminada, mas sofre uma profunda alteração. Dessa forma, a função do supervisor passa a ser a de um mentor. Assim, sempre que os colaboradores se sentirem inseguros, esse gestor encaminha o time no caminho certo.
Por exemplo: imagine que a empresa vai desenvolver um projeto de gêmeo digital para uma grande indústria pela primeira vez. Nesse caso, o chefe vai usar sua experiência ou pesquisar dados no mercado para direcionar a equipe. É preciso que esse gestor tenha autoridade técnica, habilidade de relacionamentos e espírito inovador.
Aprenda com os erros
O mindset da Cultura Ágil não permite o velho hábito do empurra-empurra mediante um ou mais erros. Na realidade, essa visão de gestão encara as falhas como verdadeiras oportunidades para evoluir. Assim, todos devem se concentrar na solução, e não em encontrar culpados.
Realize reuniões curtas todos os dias
Diariamente, promova os chamados stand-up meetings, que são reuniões rápidas de, no máximo, 15 minutos. Nesse caso, podem ser encontros virtuais. Com o trabalho dividido em equipes menos numerosas, esses encontros tendem a ser mais produtivos. A ideia é focar nas pendências do dia e debater as dificuldades da data anterior.
Como você já deve ter notado, a aplicação da Cultura Ágil é um processo complexo que requer tempo, preparo e mudanças profundas na cultura organizacional. No entanto, uma vez em operação, ela permite dar respostas mais rápidas e satisfatórias às mudanças que afetam os clientes na área de tecnologia.
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